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Grupos de Trabalho (GTs)

1 - Religiões de Matriz Africana no Brasil: Memórias, Narrativas e Símbolos de Religiosidade
2 - Questões Cristológico-Pneumatológicas
3 - Religião, Patrimônio Cultural e Turismo Religioso
4 - História do Cristianismo na América Latina e no Caribe
5 - Exegese e Teologia Bíblica
6 - Mística e Espiritualidade
7 - Religião, Educação e Políticas Públicas
8 - Teologia no Espaço Público e Contemporâneo
9 - Religião, Política e Espaço Público
10 - Teologias da Libertação
11 - Filosofia da Religião
12 - Religião, Ecologia e Cidadania Planetária
13 - Religião, Arte e Literatura
14 - Protestantismo
15 - Pluralidade Espiritual e Diálogo Inter Religioso
16 - Teologia Prática e Formação numa Perspectiva Interdisciplinar
17 - Hermenêuticas da Bíblia no Contexto Histórico Brasileiro
18 - Interface Bioética, Saúde e Espiritualidade

Fóruns Temáticos (FTs)

1 - Religiões Afro-Brasileiras, Interculturalidade e Educação
2 - Leituras Emancipatórias da Bíblia: Leitura Popular, Questão de Gênero e Outras Abordagens
3 - Juventudes e Projetos de Brasil: Religiosidades, Subjetividades e Teologias Subjacentes
4 - Religião, Identidade Étnica, Gênero e Terapias como Processo de Autocura
5 - Pacto Educativo Global e Propostas Educativas Emancipadoras nos 200 anos de Independência do Brasil
6 - Comunicação, Teologia e Religiosidades
7 - Psicologia , Espiritualidade/Religiosidade – Interfaces e Perspectivas
8 - Novos Movimentos Religiosos e Espiritualidades Laicas
9 - Gênero, Religião e Violências: Questões Contemporâneas
10 - Cristãos Leigos e Leigas: Sujeitos na Igreja e no Mundo
11 - Teologias Negras e Resistências Afrodiaspóricas
12 - A Economia de Francisco e Clara
13 - A Herança de Ricoeur: Filosofia, Teologia e Religião
14 - Interculturalidade e Religião
15 - Memória, História e Comunicação nas Religiões
16 - Iniciação Científica

1 - Religiões de Matriz Africana no Brasil: Memórias, Narrativas e Símbolos de Religiosidade.
Dr. Prof. Luís Tomás Domingos - UNILAB-CE
Dra. Zuleica Dantas Pereira Campos- UNICAP-PE

Ementa:
Este grupo de trabalho pretende ser espaço de diálogo, análise e reflexão sobre as diversas percepções e abordagens do divino nas Religiões de Matriz Africana. Tem como objetivo explorar o contexto sócio-histórico e cultural em que as religiões de matriz africana se construíram no Brasil, não se limitando a reproduzir o passado, mas se desconstruindo e reconstruindo em interface com outras religiões, como o espiritismo, as religiões indígenas e o catolicismo, influenciando na formação no imaginário cultural e religioso do país. Dessa forma, as diferenças étnico/religiosas no Brasil nos interpelam e nos induzem a reflexões tais como: de que forma as narrativas, memórias e símbolos são construídos e interpretados no “novo mundo” e em particular na sociedade brasileira? Como ocorrem as experiências com o divino, a concepção de Deus, na religiosidade das populações Afro-brasileiras e indígenas? Como se manifesta a espiritualidade e, quem é o Deus desta sociedade plural Africana, Afro-brasileira e Indígena? Por conseguinte, o GT analisará os diversos mitos, ritos, rituais e as interpretações simbólicas de Deus e do divino.

2 - Questões Cristológico-Pneumatológicas.
Dra. Áurea Marin Burocchi – PUC Minas
Dra. Aparecida Maria de Vasconcelos – FAJE
Dr. Paulo Sérgio Carrara, CSSR – ISTA

Ementa:
O presente GT reúne pesquisadores/as empenhados/as em refletir e aprofundar a fecundidade mútua entre cristologia e pneumatologia enquanto raiz de toda tentativa de fazer teologia em contexto cultural plural. Nossa reflexão, que incide sobre os fundamentos da teologia, pretende suscitar e estabelecer diferentes tipos de diálogos que, em tempos de secularidade, decolonialidade e pluralismo religioso, favoreçam uma articulação coerente entre a pluralidade dos discursos sobre Deus (teologias) e a unidade do discurso cristão de Deus: sua autocomunicação no entre nós (Jesus Cristo - cristologia) e sua autocomunicação em nós (Espírito Santo - pneumatologia). Confrontando o pensamento e o discurso da teologia cristã com diferentes fenômenos contemporâneos, o GT acolherá propostas de comunicações que privilegiem articulações inter e transdisciplinares, onde as relações entre cristologia e pneumatologia apareçam como elemento estruturante da identidade cristã e, por isso, também do diálogo entre os cristãos (ecumenismo) e destes com os não-cristãos (diálogo inter-religioso).

3 - Religião, Patrimônio Cultural e Turismo Religioso.
Dr. Aurino José Góis – PUC Minas
Me. Dener Antônio Chaves - UFMG
Dr. Josimar da Silva Azevedo – PUC Minas
Dr. Tiago Tadeu Contiero

Ementa:
A cultura é o lugar da identidade e da memória de terminado grupo humano, onde está tematizado, de forma diversa, seu projeto de vida. A Religião corresponde a uma das realidades culturais mais significativas, pois é aquela que, de forma especial, tematiza os sentidos possíveis que acompanham a existência do grupo social. O Patrimônio Cultural materializa, integra e salvaguarda essas realidades, conectando passado, presente e futuro. Conhecer, salvaguardar e promover o Patrimônio Cultural é tarefa necessária para revelar e potencializar a diversidade de projetos de vida em curso. O Turismo cumpre um papel fundamental nesta tarefa, na medida em que possibilita a troca de experiências, o reconhecimento e a valorização do outro e produz uma nova e sustentável economia. O Brasil é depositário de uma diversidade cultural alicerçada historicamente em três grandes matrizes culturais, com grande expressão religiosa, a indígena, a europeia cristã e a africana, codificada em um riquíssimo Patrimônio Cultural material e imaterial, de reconhecido valor universal. O Turismo Religioso brasileiro, em crescimento constante, nos últimos anos, tem mostrado, além de sua relevância econômica, sua vocação social para sensibilizar, integrar, pacificar e transformar bem cultural em Bem Viver. Integrar estas realidades em projetos significativos de intervenção social constitui o desafioproposto neste Grupo de Trabalho, que abrigará estudos e pesquisas para compreensão fenomenológica das experiências em curso, bem como fortalecer uma rede de articulação em torno de projetos comuns que possam ser acolhidos e desenvolvidos pelo Grupo de Pesquisa do CNPQ “Religião, Patrimônio Cultural e Turismo Religioso”, abrigado no Departamento de Ciências da Religião da PUC Minas.

4 - História do Cristianismo na América Latina e no Caribe.
Dr. Mauro Passos - UFMG
Dr. Newton Darwin de Andrade Cabral – UNICAP

Ementa:
Este Grupo Temático, promovido pelo Centro de Estudos em História da Igreja na América Latina (CEHILA-BRASIL), visa a agregar pesquisadoras e pesquisadores que trabalham a História do Cristianismo em uma perspectiva centrada nas práticas emancipatórias de cristãs e cristãos no continente latino-americano e caribenho. Atualmente, ainda se observa a permanência de traços eurocêntricos na historiografia sobre o Cristianismo latino-americano, corroborando com a continuação de processos de opressão, incrementados por uma produção histórica que permanece majoritariamente pautada na desvaloração dos povos originários e na negação da importância dos africanos, afrodescendentes e dos novos imigrantes na construção da nossa identidade cultural, bem como na consolidação de uma história androcêntrica, o que revela um aspecto importante nesse processo: o gênero. Dessa forma, torna-se premente o desenvolvimento de uma produção historiográfica que questione a história e, especialmente, o ensino de – e as publicações sobre – a História do Cristianismo na América Latina, por meio da interação das potencialidades da diversidade cultural.

5 - Exegese e Teologia Bíblica.
Dr. Junior Vasconcelos Amaral – PUC Minas
Dr. Nelson Maria Brechó da Silva – FAJOPA/Marília – SP
Dra. Rita Maria Gomes – UNICAP

Ementa:
Este GT acolhe e inter-relaciona estudiosos da Bíblia e demais pessoas interessadas em temáticas bíblicas, proporcionando o compartilhamento de estudos, produções e ideias nesse campo, em vista a abrir e ampliar horizontes de abordagens, métodos de leitura, interpretações e recepção do texto sagrado, numa linha ecumênica e em diálogo com a contemporaneidade. Visando a excelência da qualidade dos trabalhos a serem acolhidos para discussão e posterior publicação no respectivo Congresso da Soter, o Grupo se reserva o direito de aprovar a inclusão em seus trabalhos tão somente daquelas propostas que representem real contribuição para o avanço dos estudos bíblicos, quer na área da Exegese, quer da Teologia bíblica.

6 - Mística e Espiritualidade.
Dra. Ceci Maria Costa Baptista Mariani – PUC SP
Dra. Maria José Caldeira do Amaral – PUC SP

Ementa:
O Grupo de Trabalho “Mística e Espiritualidade” tem como objetivo geral apresentar e debater os fundamentos teológicos e filosóficos presentes no atravessamento da linguagem utilizada para descrever a experiência mística como experiência direta de Deus. Em suas fontes originais, a pesquisa em torno da experiência mística e espiritual tem revelado conteúdos importantes pertinentes à tradição do pensamento ocidental nas múltiplas tradições que não se sustentam numa abordagem meramente psicológica, histórica ou sociológica e que, ao mesmo tempo, subsidiam essas mesmas abordagens. O Universo Simbólico e Narrativo supõe um campo fértil para a indagação de conteúdos teológicos fundamentais que trazem à tona o paradoxo e a fragmentação, não especificamente como conceitos negativos e correspondentes a campos contraditórios ao esforço dos pesquisadores frente à descoberta de sentidos e significados de uma configuração teológica espiritual, mas como conteúdos expostos a uma condição de pertencimento a essa mesma condição paradoxal e fragmentada, na qual se encontram os percursos atuais de apreensão da condição humana religiosa e sua realização no mundo. De modo mais específico, entendemos que a indagação principal desse grupo de trabalho implica no aprofundamento das fontes experienciais e textuais configuradas por experiências religiosas, espirituais e místicas que estão em constante debate com o desafio do mistério e seus desdobramentos, desdobramentos e desafios que insistem em serem eles mesmos fonte de conhecimento e episteme de si mesmos.

7 - Religião, Educação e Políticas Públicas.
Dr. Marcos Vinicius de Freitas Reis - UNIFAP – UEMA
Dra. Rosângela Siqueira da Silva - UEA e SEMED/Manaus

Ementa:
Este GT organiza os estudos e pesquisa da relação entre religião e educação e as políticas públicas, campo que se abre sistematicamente aos pesquisadores de Teologia e de Ciências da Religião, assim como áreas afins. Com perspectiva interdisciplinar, sua intenção é compreender os diferentes processos de ensino e aprendizagem nos espaços escolarizados e comunitários. Esse núcleo abrange temas como: ensino religioso, pastoral da educação, educação em diferentes espaços confessionais, diversidade cultural e religiosa, formação de professores? continuada e inicial, catequese, formação de lideranças para movimentos e estudo dos diferentes segmentos escolares, entre outros, Tais elementos estão relacionados à compreensão e à transformação das práticas e conduções da vida e políticas educacionais apresentadas como plataforma para a ordenação e direção das relações humanas com seu entorno (natureza, transcendência, alteridade). Questões relativas a laicidade do estado, secularização, intolerância religiosa, racismo religioso, educação popular, práticas educacionais em espaços religiosos, pensar as questões políticas públicas a partir das questões religiosas, posicionamentos e ações dos grupos religiosos a respeito das questões educacionais, história da educação a partir da questão religiosa, também são temas deste GT.

8 - Teologia no Espaço Público e Contemporâneo.
Dr. César Augusto Kuzma – PUC RIO
Dr. João Décio Passos – PUC SP
Dr. Vítor Galdino Feller - Faculdade Católica de Santa Catarina
Dr. Erico Hammes - PUC-RS

Ementa:
O GT aborda a Teologia enquanto Ciência da Fé que, ao refletir sobre os desafios da realidade, das relações sociais e internacionais, repensa os seus temas fundamentais e contribui para novas compreensões do papel da fé na sociedade atual. Como principais objetivos se propõe: 1) dialogar com os avanços científicos e tecnológicos; 2) pensar uma compreensão transformadora da existência de fé no contexto político e social do País; 3) trazer à consciência religiosa a necessidade de superação da violência em suas diferentes manifestações; 4) repercutir teologicamente os movimentos mundiais de correntes dos processos de globalização; 5) refletir a relação da religião e, portanto, da Teologia, com a política.

9 - Religião, Política e Espaço Público.
Dr. Rodrigo Coppe Caldeira – PUC Minas
Dr. Glauco Barsalini – PUC-Campinas
Dr. Douglas Barros – PUC-Campinas
Dra. Claudete Beise Ulrich - FUV
Dr. Rudolf von Sinner - PUC - PR
Dr. Emerson José Sena da Silveira - UFJF

Ementa:
As relações entre religião, política e espaço público emergiram, nas últimas décadas, como um dos temas principais dentre os estudos do fenômeno religioso na contemporaneidade. No bojo das reflexões sobre o processo de secularização estão a emergência de novas formas de expressão religiosa e sua influência na esfera política das sociedades ocidentais, o que tem mobilizado muitos pesquisadores à reflexão, inclusive, acerca dos novos papéis que os agentes religiosos desempenham no debate público. A questão da laicidade e o lugar que as religiões devem ocupar nesse debate, são centrais para este Grupo de Trabalho. Este GT perscruta e discute, na sua abrangência, as questões que envolvem as relações entre a religião, a política e o espaço público secularizado, tendo em vista concepções teóricas convergentes ou não entre si, com especial atenção às que apostam na possibilidade de construção de um lugar religioso de caráter público junto ao Estado e às que, antagonicamente, questionam tal possibilidade, propondo um lócus religioso fora dos limites do Estado.

10 - Teologias da Libertação.
Dr. Benedito Ferraro – PUC Campinas
Dr. Edward Neves Monteiro de Barros Guimarães – PUC Minas
Dr. Francisco das Chagas Albuquerque – FAJE
Dr. Paulo Agostinho Nogueira Baptista – PUC Minas

Ementa:
O GT Teologias da Libertação objetiva reunir pesquisadores (as) que investigam sobre as diversas formas de teologia contextuais que se compreendem como “da libertação”, que articulam teologia e libertação, a defesa da dignidade eco humana, da justiça e da solidariedade, e de análise sobre as diversas colonialidades: do ser, do poder, do saber e da natureza. Também se abre, nessa perspectiva, às questões de metodologia e epistemologia teológica; às articulações entre mediações filosófico-científicas e hermenêuticas e as perspectivas praxísticas; aos embates com as ciências da religião, às mudanças de paradigma. Considera os novos sujeitos e lugares teológicos, assim como as diferentes categorias de análise como gênero, raça/etnia, além de classe social, privilegiando os mais diversos temas na perspectiva da libertação e do diálogo interdisciplinar e suas interfaces com o contexto atual de busca de ecumenismo, pluralismo e diálogo inter-religioso. O GT pretende acolher trabalhos que tenham a interconexão entre as diversas igrejas cristãs, as religiões e os movimentos sociais, ciências sociais e teologia: leitura/interpretação teológica dos movimentos sociais, analisados e compreendidos em diálogo com as ciências sociais. Movimentos de resistência, como as CEBs, e de construção de alternativas como os que se reúnem no Fórum Social Mundial e o exercício da teologia no Fórum Mundial de Teologia e Libertação e das motivações teológicas em atuações pastorais junto aos movimentos sociais podem encontrar neste GT um laboratório fecundo e criativo.

11 - Filosofia da Religião.
Dr. Agnaldo Cuoco Portugal – Universidade de Brasília
Dr. Davison Schaeffer de Oliveira – IFRJ
Dr. Paulo Sergio Sergio Lopes Gonçalves - PUC Campinas

Ementa:
O GT de Filosofia da Religião da SOTER vincula-se aos interesses da pesquisa no campo de conhecimento que pretende desenvolver uma investigação de natureza filosófica sobre as questões relativas ao fenômeno religioso. Serão aceitos trabalhos de docentes de ensino superior (mestres e doutores) e de estudantes de pós-graduação stricto sensu, da área de Filosofia, Teologia e Ciências da Religião. As comunicações deverão abordar temas referentes a um dos seguintes subgrupos temáticos, claramente identificados no envido das propostas: a) filosofia da religião e o problema de Deus, ou, b) pressupostos filosófico-conceituais da relação entre religião e contemporaneidade.

12 - Religião, Ecologia e Cidadania Planetária.
Dr. André Luiz Rodrigues da Silva – PUC Rio
Dr. Afonso Tadeu Murad – FAJE
Dra. Angela Maringoli -Fac. Betel
Dr. Carlos Alberto Motta Cunha – PUC Minas
Dr. Luiz Carlos Susin – PUC RS
Dra. Maria Teresa Cardoso - PUC Rio
Dr. Matias Grenzer – PUC SP
Dr. Sinivaldo Silva Tavares – FAJE

Ementa:
O GT “Religião, Ecologia e Cidadania planetária” visa discutir questões teóricas e experiências relevantes da relação entre Religião, cuidado com a Terra e Novos Paradigmas, continuando o trabalho realizado desde 2011. Serão aceitas comunicações que (1) abordem questões teóricas no debate atual da Teologia, das Ciências da Religião e de outras áreas do conhecimento acerca do tema; (2) analisem experiências de formação da consciência ecológica/planetária, (3) apresentem dados de pesquisa empírica sobre o assunto; (4) reflitam sobre as imagens de Deus e as espiritualidades que afloram de práticas em favor da sustentabilidade e do Bem-Viver. O GT será realizado juntamente com o seminário de Grupos de Pesquisa que trabalham essas temáticas. Pede-se aos participantes que estejam conectados durante todo o tempo do GT, para enriquecer a discussão e realizar a elaboração coletiva do conhecimento.

13 - Religião, Arte e Literatura.
Dr. Antônio Geraldo Cantarela – PUC Minas
Dr. Carlos Ribeiro Caldas Filho - PUC-Minas
Dr. Jefferson Zeferino Doutor PUCPR
Dr. Marcio Cappelli Aló Lopes - PUC Campinas

Ementa:
O GT visa abrir um espaço para o debate acerca do papel da Arte e da Literatura no modo de pensar a questão religiosa. Os exemplos deste tipo de relação são muitos. Nas sociedades arcaicas, por exemplo, as primeiras formas de expressão ritual a respeito das quais temos notícia estavam associadas à produção de imagens, gestos e repetições verbais estruturadas por paralelismos rítmicos. Na Grécia Antiga, o poeta Homero guarda profunda conexão com a religiosidade de seu tempo. No caso do cristianismo, tanto na antiguidade tardia quanto na Idade Média, atribuem-se à arte funções litúrgica, pedagógica e moral. No Renascimento, se tomarmos somente o caso da literatura, é possível ver com clareza o vínculo entre escritores e elementos do imaginário religioso de extração cristã, como Dante e Camões, e em chave crítica, Boccaccio e Rabelais. Mesmo em artistas dos séculos XIX e XX, já sob os efeitos do processo de emancipação da arte em relação aos ditames da religião, a legibilidade dos símbolos e dos aspectos formais exige compreender as interações com universos religiosos distintos, suas subversões e reinvenções. Portanto, com razão o crítico literário canadense Northop Frye, seguindo uma intuição de William Blake, apresenta a influência decisiva da Bíblia na literatura ocidental. Octavio Paz, por sua vez, salienta a incorporação da magia em poéticas modernas. Além disso, recentemente, por outro viés, estudiosos da literatura brasileira tem apontado, nela, a presença de elementos das religiões de matriz africana. Deste modo, este GT pretende acolher discussões a respeito das interações da arte com a religião, tendo em vista a pluralidade religiosa e as diversas manifestações artísticas, como a literatura, as artes visuais, a música, o cinema, as HQs, a cultura pop em geral etc. O GT pretende ainda reunir pesquisadores/as de outras associações e grupos de pesquisas ligados à programas de pós-graduação.

14 - Protestantismo.
Dr. Ronaldo Cavalcante – CEFT
Dr. Wanderley Pereira da Rosa - Faculdade Unida de Vitória

Ementa:
O universo protestante tem passado por mudanças estruturais e conjunturais de significativa relevância. O surpreendente dinamismo do fenômeno evangélico, particularmente no Brasil e América Latina, exige reflexões multidisciplinares, forjadas especialmente no campo da Teologia e das Ciências da religião, em constante diálogo com outras áreas do saber. Nesse sentido, o GT Protestantismos recolhe perguntas e reflexões sobre o futuro do protestantismo, entre elas: o papel público da teologia, a identidade da teologia evangélica em relação à cultura brasileira, o universo multifacetado de teologias protestantes, a questão da confessionalidade em relação ao diálogo ecumênico e inter-religioso, os êxitos e fracassos das igrejas e teologias protestantes na tarefa de articulação da revelação de Deus no mundo.

15 - Pluralidade Espiritual e Diálogo Inter Religioso.
Dr. Cláudio de Oliveira Ribeiro – CAPES
Dr. Gilbraz Aragão – UNICAP
Dr. Roberlei Panasiewicz – PUC Minas
Dra. Maria Cecília dos Santos Ribeiro Simões, Universidade Federal de Juiz de Fora

Ementa:
Diante do contexto culturalmente plural em que nos encontramos e que desafia as tradições religiosas, surgem, por um lado, movimentos intolerantes e fundamentalistas e, por outro lado, grandes oportunidades para o diálogo. Trata-se de reconhecer, no convívio com a diversidade, o que há de único e irrevogável em cada religião; ao mesmo tempo, é fundamental que se manifeste e se reflita sobre o dinamismo espiritual que está entre e para além das religiões, mesmo daquelas expressões laicas e sem divindades. O diálogo “inter-religioso” que todas proporcionam faz repensar o compromisso ético das religiões com a paz mundial. O GT se propõe, então, a debater pesquisas sobre Pluralidade Espiritual e Religiosa, Tolerância e Diálogo.

16 - Teologia Prática e Formação numa Perspectiva Interdisciplinar.
Dr. André Phillipe Pereira - Centro Universitário Católica de Santa Catarina
Dra. Clélia Peretti – PUC PR
Dr. Everaldo dos Santos Mendes
Dra. Gleyds Silva Domingues – Faculdade Batista do Paraná

Ementa:
A Teologia Prática apresentada no espaço da práxis teológica orienta-se para a realidade, a partir da perspectiva do fenômeno social, que emana das inter-relações mantidas e produzidas por homens e mulheres e visa compreender seu significado e suas expressões nas áreas da religião, história, educação, cultura e direito, por intermédio do estudo sobre a formação e constituição de identidades. Este FT propõe refletir sobre o papel da teologia e suas implicações na formação a partir das análises sobre o pensar, agir e sentir de homens e mulheres na Igreja e no mundo. Aprofunda as tarefas da teologia diante das necessidades da vida quotidiana a fim de estabelecer, prevenir e dirimir conflitos. Analisa questões históricas, políticas, educacionais, religiosas e sociais e seu impacto nas estruturas que compõem a sociedade e a práxis na busca da justiça e na promoção dos direitos humanos. Neste FT, pensa-se a Teologia Prática em diálogo com as diferentes áreas do conhecimento, no sentido de compreender o processo de construção, formação e constituição social dos grupos humanos e das identidades. Assim, o FT recepciona pesquisas e ensaios no contexto interdisciplinar, envolvendo temáticas associadas à (ao) linguagem, cultura, gênero, educação, história, tradição, religião, direito e violência(s), que possam contribuir com as discussões sobre estes fenômenos no âmbito da práxis teológica.

17 - Hermenêuticas da Bíblia no Contexto Histórico Brasileiro.
Dr. Luiz Alexandre Solano Rossi – PUC Paraná
Doutoranda Gláucia Loureiro de Paula - PUC Goiás
Dr. João Luiz Correia Júnior – UNICAP
Dr. Valmor da Silva. Pontifícia – PUC Goiás
Doutoranda Zélia Cristina Pedrosa do Nascimento – UNICAP

Ementa:
As hermenêuticas da Bíblia atualizam os textos sagrados para os mais diversificados contextos da realidade nacional. Em consonância com a temática do presente congresso, o convite é para apresentar pesquisas que contemplem a Escritura no cenário religioso do Brasil, no arco histórico dos 200 anos de independência. Nesse horizonte hermenêutico, certamente, a Bíblia e a vivência se encontram, para oportunizar contribuições iluminadoras. O objetivo deste FT é confrontar os contextos históricos e os atuais à luz da Bíblia, reunindo propostas de pesquisa relacionadas ao Antigo e a ao Novo Testamentos, a partir da temática geral do Congresso, “Religiões e projetos de Brasil nos 200 anos de independência”. Nessa perspectiva ampla, podem ser apresentadas comunicações sobre livros ou perícopes da Bíblia, temas ou terminologias próprias, personagens ou perspectivas religiosas. A metodologia pode desenvolver pesquisas de tradução, exegese ou hermenêutica. O objetivo é reunir pessoas que se ocupam da pesquisa bíblica, para partilhar os resultados de seus estudos, em torno à temática do Congresso. Dada a relevância e atualidade do tema, a hipótese é de partilha e discussão em alto nível, em vista do aprofundamento e de possíveis publicações individuais ou conjuntas.

18 - Interface Bioética, Saúde e Espiritualidade.
Dr. Paulo Franco Taitson – PUC Minas
Me. Thereza Cristina de Arruda Salomé D’Espíndula - Faculdades Pequeno Príncipe / Curitiba - PR).
Dr. Waldir Souza – PUC Paraná

Ementa:
O conceito de saúde abrange a totalidade do ser humano, a dimensão espiritual que a integra tem particular relevância em nossos tempos. As práticas para o cuidado espiritual, especialmente em Cuidados Paliativos pedem a contribuição da Teologia e Bioética de modo a promover a qualidade de vida e a dignidade na morte. Em tempos de pluralidade e interculturalidade, assim como os cuidados médicos, o voluntariado e a atividade pastoral das confessionalidades religiosas precisam de fundamentos e propostas críticas que subsidiem um atendimento espiritual preparado e profissionalizado. Assim como todas as medicinas, o cuidado com a questão do espírito deve ser oferecido com o máximo de qualidade. Este contexto corresponde às pretensões da Política Nacional de Humanização (PNH) que considera a integralidade do cuidado como um de seus princípios, e que tem como diretriz o acolhimento. O Fórum Temático pretende reunir pesquisadores que atuem a partir desta perspectiva, direcionando seu debate e ampliação das ações que reflitam uma ética do cuidado. Portanto, “que sejam ultrapassadas as fronteiras, muitas vezes rígidas, dos diferentes núcleos de saber/poder que se ocupam da produção da saúde” (BRASIL, 2004) e sejam elaborados fundamentos bioéticos na atividade profissional guiada pelo prisma da fraternidade.

1 - Religiões afro-brasileiras, Interculturalidade e Educação

Dra. Giseli do Prado Siqueira – PUC Minas  

Dra. Ângela Cristina Borges – UNIMONTES 

Ementa:

Os desafios impostos pela Modernidade tais como o racismo religioso e as intolerâncias religiosas exigem enfrentamentos onde o diálogo intercultural emerge como imperativo ético. Fundamentalismos e, violências como o epistemicídio afro-religioso fomentam, em direção contrária, o erguimento de movimentos libertários e descolonizadores que vislumbrem as tradições de matriz africana enquanto guardiãs de uma humanidade dada à coletividade e ao diálogo. A interculturalidade, para além da funcionalidade, é proposta para uma educação libertadora, em especial para o componente curricular do Ensino Religioso, que tem como objeto o conhecimento religioso, visando favorecer o reconhecimento, o respeito às histórias, memórias, crenças, convicções e valores de diferentes culturas, tradições religiosas e filosofias de vida. Estimulando a formação de uma postura dialogal, de abertura ao Outro que alicerçam distintos sentidos e significados de vida. Nesta perspectiva se insere este fórum temático que visa incentivar e debater estudos que articulem as Religiões afro-brasileiras, Interculturalidade e Educação, interpelações críticas, libertadoras e descolonizadoras.  

2 - Leituras Emancipatórias da Bíblia: Leitura Popular, Questão de Gênero e Outras Abordagens

Dra. Solange Maria do Carmo – PUC Minas

Me. Francisco Cornelio Freire Rodrigues – Pontificia Università San Tommaso D’Aquino

Me. Zelia Cristina Pedrosa do Nascimento – UNICAP

Ementa:

Pela sua polifonia, a Bíblia oferece inúmeras possibilidades de leitura. Contudo, considerando os diferentes contextos e os processos históricos de sua redação, pode-se afirmar que a sua mensagem é essencialmente libertadora e emancipatória, principalmente o Novo Testamento, centrado na práxis de Jesus de Nazaré. No entanto, tendo sido apropriada pelos mais diversos grupos hegemônicos ao longo da história, a Sagrada Escritura foi usada como justificativa para práticas abusivas de poder e dominação. A nível de América Latina, pode-se afirmar que a Bíblia foi utilizada como arma pelos sistemas colonizadores, e essa perspectiva persiste até hoje, principalmente nas assembleias litúrgicas, onde ela é proclamada e interpretada numa relação de poder. É, portanto, urgente que a leitura da Bíblia seja decolonizada e ajude a ecoar vozes silenciadas pelos poderes hegemônicos. O objetivo deste fórum é, pois, discutir e propor leituras emancipatórias da Bíblia (na catequese, na liturgia, nos círculos bíblicos, nas escolas dominicais, nas missões etc.), como a prática já consolidada da “leitura popular” e outras urgências que levem em conta questões como identidade de gênero e os direitos humanos em geral. Assim, contribuir-se-á para o resgate da essência emancipadora da Bíblia.

3- Juventudes e Projetos de Brasil: Religiosidades, Subjetividades e Teologias Subjacentes

Dr. Igor Adolfo Assaf Mendes – Província Marista Centro-Norte

Me. Helder Souza Silva Pinto –Colégio Magnum Agostiniano/ Buritis/BH

Me. Joilson de Souza Toledo – PUC-Rio

Ementa:

As juventudes são um espelho da sociedade no qual observamos de forma ampliada fenômenos, dinâmicas e tendências  presentes/emergentes na dinâmica social. Não sendo progressistas ou conservadores em si mesmas, as juventudes possuem um dinamismo importante para qualquer projeto de mudança/transformação social. Desta forma, as pesquisas sobre juventudes e religiosidades permitem realizar inferências sobre formas de subjetividade, de sociabilidade e perspectivas teológicas que estejam ganhando corpo nos cenários atuais ou sejam significativas nos embates em curso na sociedade brasileira. Diante da preocupante situação atual do nosso país, desejamos, também contribuir de forma histórico-realista, consistente e responsável com a reflexão e as narrativas sobre os diferentes, e muitas vezes conflitantes, projetos de país que estão em evidência e disputa ao celebrarmos 200 anos da “independência” do Brasil. O presente FT se propõe a ser um espaço de socialização de pesquisas que abordam a interface entre juventudes e religiosidades na área de Ciências da Religião e Teologia dialogando com aportes de vários campos do saber e que nos permitam compreender as religiosidades, as teologias subjacentes e a relação – de conflito ou cooperação – com os diferentes projetos de Brasil.

4 - Religião, Identidade Étnica, Gênero e Terapias como Processo de Autocura

Dr. Antônio Lopes Ribeiro – GEPERCS/UNEB – Instituto São Bento – ISB/Brasília

Dra. Sandra Célia Coelho Gomes da Silva – Universidade do Estado da Bahia (UNEB) 

Dra. Rosemary Francisca Neves Silva – GERETES – PUCGO 

Ementa:

Este F.T tem por objetivo propor a socialização de pesquisas (concluídas ou em andamento), assim como; ampliar tais discussões e incentivar a partir das reflexões nos diversos campos do conhecimento, na perspectiva da ciência das religiões, que envolva os eixos temáticos Religião, Etnicidade, Gênero e Terapias como processo de Autocura. Essas questões vêm marcando e afirmando o contexto sócio-histórico brasileiro, no âmbito das diferenças étnicas e de gênero imbricadas com os determinantes culturais. A diferença é uma realidade concreta, um processo humano e social inserido no processo histórico. No que tange, a questão da identidade étnica há vários fatores envolvidos tais como: a raça, a língua, a religião, gênero, o espaço, o território, a história e a própria noção de etnia. Assim como, os vários processos terapêuticos de autocura presente e que vem sendo desenvolvido pelos indivíduos na história da humanidade.

5 - Pacto Educativo Global e Propostas Educativas Emancipadoras nos 200 anos de Independência do Brasil

Me. Áureo Nogueira de Freitas – PUC Minas

Me. Carla Ferretti Santiago – UFMG.

Dra. Sheilla Alessandra Brasileiro de Menezes – PUC Minas

Dra. Silvia Maria de Contaldo – PUCRS

Ementa:

Para compreender esses últimos 200 anos de escola no Brasil, é necessário discutir sobre a escolarização, considerando o papel das igrejas, das escolas e das organizações sociais, obtendo uma visão mais ampla. Em outubro de 2020, o Papa Francisco propôs à sociedade um Pacto Educativo Global que considere a pessoa como centro do processo educativo e, consequentemente, a educação como formadora de sujeitos que podem transformar a sociedade em um espaço mais justo e sustentável. Esse fórum temático propõe discutir pesquisas e práticas que evidenciem experiências educativas emancipadoras ao longo desses 200 anos de independência do Brasil, que coadunam com os princípios do Pacto Educativo Global. A partir dessas construções será possível analisar avanços e retrocessos, mudanças e permanências no âmbito educacional e pensar em estratégias de curto, médio e longo prazo para concretizarmos ações que promovam as relações pessoais, o ensino, a pesquisa e a extensão em sua aplicabilidade, a fortalecer-se em um trabalho mais coletivo e integrado. A proposta, portanto, é discutir possibilidades de mudança de mentalidade em processos educativos.

6 - Comunicação, Teologia e Religiosidades

Dra. Aline Amaro da Silva – PUC Minas/PUCRS

Dra. Joana T. Puntel – SEPAC/PUCSP)

Dr. Marco Túlio de Sousa – UNASP/ UEMG

Dr. Vinicius Borges Gomes – PUC Minas/UFSJ

Ementa:

O FT Comunicação, Teologia e Religiosidades é dedicado aos estudos que analisam fenômenos religiosos comunicativos a partir das ciências humanas e sociais, com ênfase nas áreas de Teologia e Comunicação. Com olhar interdisciplinar, busca-se compreender à luz do paradigma comunicacional as transformações eclesiais, religiosas e sociais ao longo da história e no cenário contemporâneo caracterizado pela cultura digital. A interação entre mídia e religião, fé e cultura trazem questões éticas, econômicas, políticas e sociais importantes para o diálogo ecumênico e inter-religioso, entre outras discussões. O presente FT abrange trabalhos com temáticas como: mediações e processos de midiatização da fé em diferentes tempos e culturas; adequação e incorporação de novas formas comunicativas nas religiões e religiosidades; transformações e migração das práticas religiosas para o ambiente digital durante a pandemia, bem como as consequências teológicas dessa mudança de ser e estar no mundo; impacto da presença de religiões e religiosidades na rede; novas tendências comunicativas e sua influência na compreensão da fé e senso de pertença a uma tradição religiosa; modos de representação das religiões e da fé na mídia não religiosa; relações do religioso com outros campos sociais nos seus entrecruzamentos nas mídias; e processos sociopolíticos no discurso midiático religioso.

7 - Psicologia , Espiritualidade/religiosidade – Interfaces e Perspectivas

Me. João Everton da Cruz – PUC Minas

Dra. Maria Jeane dos Santos Alves – UFSE

Dr. Marcus Tulio Caldas – UNICAP

Ementa:

O FT tem como objetivo geral discutir e impulsionar pesquisas concluídas ou em andamento, no campo da psicologia e espiritualidade/ religiosidade no mundo contemporâneo. Referimos-nos a religiosidade quando falamos das “disposições humanas que levam a pessoa à capacidade de experimentar fenômenos religiosos”, e por espiritualidade a experiências vivenciadas pelos homens que inclui uma dimensão religiosa capaz de produzir sentido. Esta discussão perpassa as questões existenciais e filosóficas. Tendo como objeto de estudo a experiência do sagrado, transcendência da consciência e inconsciente espiritual, busca-se, portanto, neste fórum refletir sobre o comportamento religioso e a formação da consciência religiosa e as mais variadas perspectivas de estudo entre espiritualidade, saúde e cura. Considerando a dimensão espiritual do ser humano procura enfocar as possibilidades do diálogo entre psicologia e ciências da Religião.

8 - Novos Movimentos Religiosos e Espiritualidades Laicas

Me. André Valva – PUC GO

Me. Claudia Danielle de Andrade Ritz – PUC Minas

Dr. Clóvis Ecco – PUCGO.

Dra. Daniella Cordovil – UEPA  

Dr. Omar Perrot – ALFA Unipac

Ementa:

Este FT objetiva acolher trabalhos que visam compreender as características assumidas pela religião na sociedade contemporânea, a partir de diferentes perspectivas teóricas no âmbito das ciências sociais e da religião. Almeja lançar luzes sobre as bricolagens e interlocuções feitas pelos novos modos de lidar com os novos modos de expressão/vivência da espiritualidade, as denominadas espiritualidades laicas– entre as quais o advento dos sem religião, nova era e dos novos movimentos religiosos – e os processos de privatização da religião. Pretende-se reunir tanto trabalhos que lidam com dados empíricos, como também aqueles que levantam questões teóricas pertinentes, suscitando o diálogo com outras ciências. Serão aceitas comunicações frutos de pesquisa sobre as novas formas de espiritualidade, os “novos movimentos religiosos” e as transformações, arranjos, rearranjos, diálogos e interlocuções feitas no âmbito das espiritualidades não religiosas com vistas à constituição de sentido.

9 - Gênero, Religião e Violências: Questões Contemporâneas

Dra. Cassia Quelho Tavares –UFRJ/Macaé

Dra. Ivenise Teresinha Gonzaga Santinon – PUC-Campinas

Dra. Maria Cristina Silva Furtado – PUC Minas

Ementa:

Com base no tema “Religiões e projetos de Brasil nos 200 anos de Independência”, este fórum é um espaço de debate transdisciplinar abrangendo os diversos campos da teologia, das ciências da religião, da psicologia, da pedagogia, da sociologia, da antropologia, da história e da filosofia, com a finalidade de abrir diálogo entre essas ciências e promover estudos que busquem novas práticas emancipatórias, e fontes de pesquisa nas diversas áreas. Os trabalhos deverão trazer temáticas ligadas a gênero, diversidade sexual e religião, refletindo sobre novas perspectivas tanto no campo acadêmico como na convivência comunitária e pastoral, dentro das mais diferentes áreas do conhecimento.

10 - Cristãos Leigos e Leigas: Sujeitos na Igreja e no Mundo

Dr. Denilson Mariano da Silva – FAJE/MG
Dr. Edson Matias Dias – IFITEG/GO  
Me. Robson Ribeiro de Oliveira Castro – ITF/RJ

Ementa:

O estatuto fundamental dos cristãos leigos/as está teologicamente  enraizado na comum dignidade dos batizados/as e na eclesiologia “Povo de Deus”, porém há tarefas pendentes às quais este Fórum objetiva dedicar-se: libertar as categorias teológicas elaboradas sob o impacto do clericalismo, distantes das raízes jesuânicas nos Evangelhos, na Igreja nascente e Patrística; contribuir para a reflexão e prática da sinodalidade, alicerçada na comum dignidade de batizados; libertar as estruturas eclesiásticas que impedem a plena maturidade dos leigos e limita suas iniciativas para uma efetiva atuação eclesial e sócio política transformadora; despertar e alimentar o compromisso ético e moral dos cristãos; intensificar e aprimorar a dimensão ecumênica e o diálogo inter-religioso; valorizar a piedade e a pastoral populares como fonte de espiritualidade libertadora; propiciar o despertar e o fomentar a produção intelectual e a contribuição específica das mulheres na Igreja e na sociedade; incentivar a Animação Bíblica da vida e da Pastoral por meio de uma sólida formação bíblico-pastoral; buscar interação com e nas redes sociais para alargar a presença evangelizadora da Igreja por meio de um protagonismo digital, afim de resistir às forças contrárias ao Evangelho nos ambientes virtuais.

11 - Teologias Negras e Resistências Afrodiaspóricas

Dra. Cleusa Caldeira – Doutora em Teologia – FAJE

Me. Charlisson Silva de Andrade – UFSE

Dra. Valdenice José Raimundo – UNICAP

Me. Wallace Soares da Cruz –Faculdade Unida de Vitória

Ementa:

A Teologia Negra surgiu em meados do século XX, como um movimento de resistência da comunidade negra cristã diante da opressão racial e da supremacia branca, promovendo uma hermenêutica teológica contextual e dialética, inovando no que diz respeito aos sujeitos teológicos, às fontes e à metodologia. Este Fórum quer ser um espaço de interlocução horizontal entre razão teológica e pensamento afrodiaspórico, objetivando iluminar os processos de libertação negra e as possíveis relações com o sagrado, a fé, a espiritualidade e a religião; visto que a ideia de raça e de racismo continua sendo o eixo principal do padrão de poder colonial, incidindo no epistemicídio, invisibilizando hermenêuticas bíblicas e narrativas outras sobre “Deus” que não se adequem a modelos hegemônicos. Deseja-se pensar questões múltiplas sobre a Teologia Negra, desde epistemológicas às históricas, políticas e culturais relacionadas à comunidade afrodiaspórica e africana. Isso implica em uma interlocução interdisciplinar para que a Teologia Negra possa dar conta de seu caráter de “narrativas” e/ou registros da caminhada do povo negro com Deus, daí o interesse pelas resistências afrodiaspóricas como uma das fontes principais da Teologia Negra. Neste sentido, além de enfocar a Teologia Negra como “objeto” de estudo, busca-se ressaltar o seu caráter hermenêutico de interpretar a realidade.

12 - A Economia de Francisco e Clara

Dr. André Ricardo de Souza – UFSCar, SP

Dr. Armindo dos Santos de Sousa Teodósio – PUC Minas

Dr. Leonardo Ramos – PUC Minas

Ementa:

Este Fórum Temático, promovido pelo Grupo de Reflexão e Trabalho para a Economia de Francisco e Clara da PUC Minas, quer convidar pesquisadoras e pesquisadores que têm atuado na difusão da Economia de Francisco e Clara na América Latina, em especial no Brasil, numa perspectiva centrada nas práticas que vêm sendo desenvolvidas no âmbito desse movimento sócia-eclesial em torno do chamado feito pelo Papa Francisco. Considerando aspectos da atual conjuntura econômica e política, a Economia de Francisco e Clara pode corroborar com novos segmentos de reflexão e práticas econômicas transformadoras na realidade brasileira e internacional, a partir da articulação com movimentos sociais, universidades e organizações territoriais. Havendo três anos, desde o chamado papal em 1º de maio de 2019, foram produzidos vários artigos e atividades de jovens e ativistas, assim como a preparação para encontro presencial em Assis, Itália. A Articulação Brasileira pela Economia de Francisco e Clara (ABEFC) e o Grupo de Reflexão e Trabalho para a Economia de Francisco e Clara da PUC Minas assumiu o desafio de construir um caminho metodológico e reflexivo, com foco nessa mobilização internacional.

13 - A Heranç de Ricoeur: Filosofia, Teologia e Religião

Dr. Adriani Milli Rodrigues – UNASP

Dr. Rene? Dentz – PUC-Minas

Ementa:

Paul Ricoeur sempre procurou delimitar bem os temas filoso?ficos e teolo?gicos e constantemente negar a nomeac?a?o de “filo?sofo crista?o”, mantendo equidistante a sua confissa?o de fe? e o procedimento filoso?fico. Parece, dessa forma, ser a filosofia a grande tarefa e instrumento do filo?sofo france?s. Por outro lado, o mesmo abordou tema?ticas que sa?o, por ele mesmo, chamadas de fronteiric?as, tais como a Esperanc?a e o Mal. Trata-se de temas que dara?o suporte a uma preocupac?a?o tardiamente estruturada por Ricoeur, aquela referente a? problema?tica do perda?o. Este tambe?m se mostra como um tema de fronteira e como um horizonte de sua obra. Ao passo que filosofia e teologia sa?o discursos irreduti?veis um ao outro, mantendo as suas diferenc?as epistemolo?gicas claras, é devido a? sua reflexa?o sobre a esperanc?a que o filo?sofo france?s propo?e renovar o problema da relac?a?o entre filosofia e teologia, posto comumente em termos de raza?o e fe?. O problema da esperanc?a, que representa a um tempo uma fonte e um tema da hermene?utica e da cri?tica filoso?ficas, concerne tambe?m e sobretudo a finalidade mesma da tarefa filoso?fica, como a da teologia. Com efeito, a esperanc?a e? o ponto de fuga e o horizonte do cumprimento das duas disciplinas.

14 - Interculturalidade e Religião

Dr. Claudio Santana Pimentel –PUCSP

Dr. Ênio José da Costa Brito – PUCSP

Me. Selenir Gonçalves Kronbauer – EST

Dr. Roberto E. Zwetsch – EST

Ementa:

O tema deste FT visa a colocar em debate que projeto de Brasil recebemos da luta pela Independência proclamada em 1822. Ela veio como uma ação orquestrada por setores nacionais dominantes, mas totalmente comprometidos com a escravidão, a subserviência ao sistema capitalista, sobretudo às empresas inglesas na época, e sem proporcionar o mínimo espaço para a organização do povo e suas camadas mais oprimidas. Este projeto dominante sempre se mostrou atrelado aos interesses de uma certa elite crioula extrativista, o que não mudou mesmo depois da assim chamada “abolição da escravidão” (maio 1888) e da proclamação da República (1889). Interessa abrir espaço para pesquisas e ensaios que relacionem esta realidade histórica, política e econômica com os aspectos das realidades culturais, religiosas e subjetivas que se perpetuaram no século 20 e que continuam a ser questões que ajudam a entender os impasses que se vive hoje. O Brasil, embora tenha alcançado projeção internacional como 8ª economia do mundo nas últimas décadas, a partir de 2016 foi cooptado por forças neofascistas que impõem um plano de destruição das instituições democráticas, já frágeis, para estabelecer uma autocracia retrógrada e perversa para o conjunto da população brasileira. Por fim, cabe entrever caminhos de saída desse impasse crucial da nossa história desde uma perspectiva democrática substantiva e intercultural.

15 - Memória, História e Comunicação nas Religiões

Prof. Dr. Rodrigo Follis – Unasp/SP (coordenador)

Prof. Dr. Fábio Augusto Darius – Unasp/SP

Prof. Dr. Cícero Bezerra – Uninter/PR

Profa. Dra. Flávia Medeiros – Metodista/SP

Ementa:

Os estudos que promovem o diálogo entre o fenômeno religioso e o fenômeno comunicacional-midiático, empreendimento notadamente interdisciplinar, concentram-se em compreender e analisar o papel da religião para além das abordagens clássicas –secularização e modernismo, por exemplo –, investigando os diversos modos através dos quais a religião está implicada na comunicação sob o prisma de conceitos e fenômenos como os da midiatização, das mediações, da história, dos desenvolvimentos da memória coletiva entre outros. Os estudos de religião através das múltiplas visões da história, da memória e da comunicação assumem que as mudanças em curso no campo religioso podem e devem ser entendidas em relação às transformações que ocorrem nas dimensões sociopolíticas e econômicas contemporâneas, especialmente no tocante às revoluções que redefiniram a compreensão de “comunicação” e “mídia” em uma escala global. O presente FT abrange estudos sobre a presença das religiões e do “religioso” nos diversos processos comunicacionais, assim como pesquisas que envolvem as representações de diferentes confissões e práticas religiosas no universo da mídia, do entretenimento, da cultura pop, como também as apropriações discursivas que grupos religiosos fazem a partir de suas interações com o ethos contemporâneo a partir dos estudos da memória e de suas relações historiográficas.

16 - Iniciação Científica

Profa. Me. Bia Gross - PUC-Rio
Prof. Me. Rogerio Guimarães de Almeida Cunha - PUC-Rio

Ementa:

O presente FT tem por objetivo propiciar aos estudantes de graduação e pós-graduação (atualização e especialização), assim como a bolsistas de Iniciação Científica, um espaço para apresentar e discutir os resultados de suas pesquisas dentro da temática geral do Congresso. Com isto, favorecer-se-á a divulgação de suas pesquisas, bem como propiciar-se-ão o aprimoramento e amadurecimento da capacidade de investigação e da participação em ambiente acadêmico.

Deverão ser observados os seguintes critérios para o envio de propostas de comunicações aos GTs e aos FTs:

1. A participação em GT implica compromisso de participação em todas as atividades do GT. A participação em FT não necessariamente implica a participação em todas as atividades do Grupo;

2. A Comunicação inscrita deve ser de autoria do (s) proponente (s), original e inédita (não foi apresentada em outro evento);

3. Atividade de orientação de Comunicação entre professor e aluno não caracteriza coautoria (resumo e texto final). Para que esta ocorra os proponentes deverão ser efetivamente autores;

4. As Comunicações em coautoria que não tiverem, na apresentação, a presença e a participação dos autores serão canceladas;

5. É vedada a apresentação de mais de uma comunicação pelo mesmo proponente, seja individual ou em coautoria.

6. Os resumos deverão vir corrigidos e erros comuns desclassificarão a proposta apresentada;

7. Quantidade de palavras: O resumo deve conter entre 150 e 500 palavras, o título da comunicação máximo de 15 palavras e o minicurrículo dos proponentes no máximo de 300 palavras.

8. Após aprovação da comunicação (verificar data limite para aprovação na agenda do Congresso) caso não seja efetuado o pagamento da inscrição até data limite estabelecida e divulgada pela Comissão Organizadora, a proposta não constará no Caderno de Resumos e não poderá ser apresentada;

9. A Coordenação do GT e do FT se reserva o direito de não publicar os textos completos que não estiverem de acordo com as normas definidas de publicação e/ou tenham qualidade teórica, analítica ou metodológica considerada insatisfatória.

FORMATO DOS TEXTOS COMPLETOS PARA PUBLICAÇÃO NOS ANAIS DO CONGRESSO DA SOTER

1. Os textos completos deverão ser enviados até data limite estabelecida pela Comissão Organizadora e divulgada na agenda do Congresso. Só constarão nos anais do Congresso os textos efetivamente apresentados.

2. Números de páginas: até 8 páginas, incluindo as referências.

3. O texto deve ter a seguinte estrutura:

- título da comunicação - Fonte: Times New Roman, tamanho 12, centralizado;

- nome do (s) autor (es): itálico, fonte Times, tamanho 12, recuado à direita, com (nota de rodapé com asterisco (*), na primeira página, contendo: maior titulação do autor, filiação institucional, instituição financiadora da pesquisa (se houver) e e-mail. 

- resumo (segundo padrão do resumo submetido e aprovado);

- palavras-chave (entre 3 e 5);

- Introdução;

- Corpo do texto (com as diversas partes do artigo, como tópicos numerados: 1, 1.1, 2., 2.1...);

- Conclusão;

- Referências. 

4. A Formatação deve seguir os seguintes parâmetros:

- A4, margens (superior e esquerda 3 cm e inferior e direita 2 cm);

- fonte: Times New Roman, Tamanho: 12; 

- espaço entre linhas 1,5;

- parágrafo com recuo de 1,25 cm;

- editor de texto Microsoft Word ou compatível;

- tópicos numerados e subtítulos: Times, tamanho 12;

- As citações deverão ser feitas no corpo do texto da seguinte forma: (SOBRENOME, ano, página = LIBANIO, 2012, p. 15) ou Sobrenome (ano, página) = Libanio (2012, p. 15);

- as citações com mais de três linhas, sem aspas, terão recuo a 4 cm, tamanho 10, espaço simples;

- as referências (não usar bibliográficas ou bibliografia), ao final do texto, em ordem alfabética, deverão obedecer ao seguinte padrão:

- Livro: 

SOBRENOME, Nome. Título da obra. Cidade: Editora, ano. 

- Capítulos de livro:

SOBRENOME, Nome. Título do capítulo. In: SOBRENOME, Nome. Título da obra. Cidade: Editora, ano. páginas xx-yy.

- Artigo:

SOBRENOME, Nome. Título do artigo. Título da Revista, Cidade, v. (volume), n. (número), p. (página) páginas (x-y), (mês e) ano. 

- Documentos eletrônicos:

SOBRENOME, Nome. Título do texto. Disponível em: . Acesso em: dia mês (abreviado em três letras = mar.), ano.

5. Serão aceitos somente os textos em formato DOC ou DOCX (Word).

6. O prazo final para envio do texto completo será divulgado no calendário do hotsite. A submissão deve ser pela Área do Participante, no menu Comunicação.